sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Sexo Tantrico


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Conta a lenda, que
o coito de Shiva e Shakti durou vinte e cinco anos, sem que Shiva vertesse nela o sêmen. Como um elefante aprisionado, ele não podia se mexer. Lendas tântricas como esta tentam ilustrar a visão de mundo dos tantristas, a plenitude mágica e transformadora, alcançada quando integramos as energias masculina e feminina dentro de nós.

Mas o Tantra não é só isto. O sexo tântrico não é apenas uma forma de fazer sexo, é uma forma de ligação, uma ferramenta que entrelaça tudo, que cria uma sucessão de energia que passa de um organismo para o outro. A sexualidade no Tantra é assim sagrada: sexo é uma forma de comungar e unir-se com a manifestação divina dentro de nós.

Trata-se de uma forma de se alcançar a energia divina que há no universo. Por isto, qualquer maneira de despertar a serpente oculta que dorme em nós com ritos, massagens, meditação, e inclusive o sexo, é sempre uma prática tântrica.

I. Introdução ao sexo tântrico

II. Os primeiros toques

III. Massagem tântrica

IV. Masturbação

V. Posições Tântricas

VI. Técnicas Tântricas

VII. Ejaculação e controle do orgasmo


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Heavy Metal, a religião do futuro

Heavy Metal, a religião do futuro

Convença também a sua família!

Na próxima vez que alguém perguntar qual a sua religião, responda: metaleiro. Essa é a proposta que Biff Byford, vocalista do grupo Saxon fez aos seus fãs na revista Metal Hammer. Segundo informa o site Cigfra club news Biff quer ver o heavy metallistado como uma das religiões oficiais do Reino Unido.

A inspiração veio quando a nove anos atrás os fãs de Guerra nas Estrelas se organizaram para responder que eram Cavaleiros Jedi quando a pergunta sobre religião fosse feita no censo. O resultado é que hoje o Jedismo é segundo as estatísticas oficiais uma das religiões mais populares da Grã-Bretanha.

Segundo o editor da Metal Hammer Magazine: "Desde que o Black Sabbath estreou 40 anos atrás o heavy metal cresceu e se tornou uma das instituições culturais mais importantes do Reino Unido, e um fenômeno global. Caramba, se os Jedis podem fazer isso, porque não os metaleiros?"

Para muitos realmente a música extrema possui um apelo quase religioso e a estética headbanguer agrada de forma que nenhuma religião conseguiria agradar. No Brasil 2010 será o ano em que o IBGE realizará o XII Censo Demográfico de nossa população. Por isso, a próxima vez que você for responder que "Não tem religião", pense duas vezes. Talvez você tenha.

DRACO-LUCIFERIANISMO

Este é um artigo sobre Morte Súbita entrevista Adriano Camargo Monteiro, após sua leitura conheça alguns produtos relacionados.

Adriano Camargo MonteiroAdriano Camargo Monteiro é escritor de Filosofia Oculta, Draconismo e é estudioso de simbologia e mitologia comparadas e membro de diversas Ordens. Possui diversos livros publicados sobre o caminho da mão esquerda e participa do projeto Morte Súbita com a publicação de artigos. Também escreve para a Revista Universo Maçônico, para o Jornal Madras, para o Zine Lucifer Luciferax e para sites e blogs pertinentes.

Conte um pouco sobre sua história. Como nasceu seu interesse pelas artes ocultas?

Sempre, desde criança (pelo que me lembro), fui atraído pelo sobrenatural, pelo mistério, por segredos e pela "aura misteriosa e oculta" das coisas. Assim, sempre busquei as manifestações culturais que refletissem isso, seja na arte, na música, na literatura, no cinema, etc. Desse modo, fui me aprofundando nos estudos, buscando livros “estranhos”, ingressando em Ordens e Escolas e praticando conforme fosse possível.


Fale um pouco sobre suas obras.

Minhas obras podem ser lidas (e estudadas) aleatoriamete, porém a obra Sistemagia é mais avançada sob o aspecto prático da Magia, requer discernimento, visão ampla, heurística, raciocínio analógico e capacidade autossuficiente de aplicar seu conteúdo. A Revolução Luciferiana pode ser introduzir o estudante ao assunto, fornecendo também alguns rituais e apresentando-lhe ideias novas, se for o caso. A Cabala Draconiana amplia os conhecimentos sobre o assunto. Contudo, as três obras citadas são importantes, cada uma abordando um aspecto distinto da Magia (abrangendo ciência, religião, filosofia e arte).

Para você o que é Magia?

Magia é um meio de tornar um indivíduo melhor em todos os aspectos, de ir além do comum e corrente; é um meio de autodesenvolvimento e evolução do Eu.


Como suas práticas ocultas influênciam no seu contidiano?

O conhecimento adquirido é aplicado no cotidiano conforme seja requerido e conforme seja possível, já que nem todo conhecimento oculto convém usar na vida comum, devendo ficar “oculto” na intimidade autoconsciente do magista e de seu círculo “secreto”, de seu templo de Magia.

Você acredita que a Magia traz em si uma armadilha pela idéia de que estalando os dedos possa conseguir qualquer coisa?

Nesse sentido sim, há pessoas que “caem’ numa armadilha e que se decepcionam, pois a Magia de fato não é para toda e qualquer pessoa, e aqueles que não têm continuidade de própósitos, compreensão e vontade verdadeira sucumbem e são afastados por si mesmos dessa Via. Ou seja, a Magia e a Filosofia Oculta não são para meros curiosos ou interesseiros; de fato, a Magia e o Oculto se guardam a si mesmos.

Fale um pouco de sua visão sobre Deus.

“Deus” realmente pode ter muitas definições, e eu mesmo não me fixo em uma única. Conforme nosso conhecimento e experiência se expandem e se desenvolvem, nossa ideia de Deus também se modifica, pois nossa visão e conceitos sempre serão baseados em nossas experiências. Deus/a em primeiro lugar é para mim o meu Logos individual, meu Eu verdadeiro (não a personalidade comum e corrente que se manifesta no cotidiano social). Como psiconauta científico, Deus também pode ser definido como sistema nervoso, mente expandida, consciência supranormal, etc. Enfim, as definições de Deus podem ser muitas, mas jamais devem ser dogmáticas e fundamentalistas.

Quem é Lúcifer para você? Existe diferença entre Lúcifer e Satã?

Em primeiro lugar, Lúcifer e Satã não são o Diabo. Tanto Lúcifer como Satã têm seus equivalentes em outros povos, em outras mitologias, etc., e jamais podem ser vistos como coisas diabólicas, pois o Diabo não existe.

Tradicionalmente Lúcifer é o Portador da Luz, Luz essa que só pode ser vista sobre o fundo negro das Trevas. Portanto, as Trevas são essencias para a manifestação da Luz (que jamais pode ser total e absoluta, pois se fosse assim, essa Luz nos tornaria cegos, sendo necessário, portanto, a interação da Luz com a aconhegante e repousante Noite). A Luz de Lúcifer é a luz da inteligência, da autoconsciência, da mente expandida, da sabedoria (Sophia) humana, sobre-humana, natural e cósmica. Lúcifer é o Eu, o Logos individual, o Deus/a de cada um, com todas as atribuições mencionadas, que se manifesta no Iniciado e para o Iniciado.

Satã tem diversos nomes, tais como Shaitan, Set, Saturno, Shiva, o destuidor das Ilusões do mundo comum e corrente e detestado exatamente por isso! Daí ser ele o “Adversário” das massas condicionadas e inconscientes no mundo prosaico, presas às Ilusões e na estagnação. Satã também é a força impetuosa que impulsiona o indivíduo a progredir, é a força agressiva para enfrentar as dificuldades da vida material, para enfrentar os problemas do mundo, para transpor as barreiras que nos impedem de crescer, de aprender. Satã é a força que agrega todos os nossos instintos (de sobrevivência, de fome, de reprodução, de busca pelo prazer, etc.) para que possamos vivenciar todos os tipos de experiências que são assimiladas pela Individualidade, pelo Eu.

Mas tanto Lúcifer quanto Satã têm seus símbolos, personificações, zoomorficações, tipificações, arquétipos, etc.

O que você acha do inferno?


O inferno não existe como as pessoas comumente entendem (ou existe, se elas querem acreditar numa ilusão forjada). “Inferno” simplesmente quer dizer “o que está embaixo”, “inferior”. E aquilo que é inferior depende muito do referencial e do ponto de vista de cada um, com suas devidas justificativas e idiossincrasias. Para mim, o inferno pode ser este mundo se eu vivenciar experiências que considero inferiores. Assim como o paraíso também pode ser este mundo se eu vivenciar experiências que eu considero superiores, prazerosas, gratificantes, não importando os dogmas, os fundamentalismos e as limitações alheias. Os deuses de um povo são diabos para o inimigo desse povo; o céu de alguém (ou de uma religião ou dogma) pode ser o inferno para outra pessoa... É o que de fato ocorre...

Quais suas fontes de inspiração e consulta para escrever seus livros?

De modo geral, minhas inspirações vêm da observação e experiência, mas para confrontar dados e certas informações, para estimular insights, ou pelo prazer do conhecimento, leio de tudo (força de expressão, pois ninguém é capaz de ler tudo o que existe). Entretanto, dou preferência para obras de filosofia oculta em geral, religiões comparadas, grimórios, simbologia, mitologia, mas também filosofia acadêmica, ciência e “pseudo”-ciência (fringe science), psicologia, literatura clássica, artes.

O que falta para a cena ocultista nacional?

Mais ousadia, mais vontade, mais autores ocultistas e livre-pensadores, mais escritores livres de dogmas, mais estudiosos e praticantes sérios e com continuidade de propósitos.

Como você aprecia o trabalho de Aleister Crowley?

O trabalho de Crowley teve muito impacto e importânica na filosofia oculta ocidental, trazendo coisas até então não muito exploradas pelos ocidentais urbanizados e abrindo terreno para mais explorações e desenvolvendo certos conteúdos, práticas e conceitos da Magia. Mas, é claro, que nem tudo o que ele fez pode ser aproveitado por todo e qualquer indivíduo. Há coisas que são muito pessoais e particulares e que serviram apenas para ele. Infelizmente, o que existe ainda hoje é uma falta de discernimento e de seletividade com relação à obra de Crowley. Isso pode ser evidenciado num afetado crowleyanismo que pode ser visto em thelemitas (ou falsos thelemitas, pois suas vontades parecem ser a do Crowley) fundamentalistas por aí afora.

Qual sua opinião sobre o satanismo moderno, tal como exposto por Anton LaVey?

Como em tudo na vida, é preciso peneirar. LaVey apresentou ideias úteis que servem para qualquer indivíduo que queira viver mais livre e cuidar melhor de si, buscando os prazeres sem medo, sem as ideias de culpa, pecado e condenação que permeiam a grande parte da sociedade. Apresentou ideias que deveriam ser o normal para qualquer pessoa que busca melhorar a si mesmo de maneira consciente e deliberada. Por outro lado, o satanismo de LaVey parece se apegar às ideias judaico-cristãs, buscando combatê-las por oposição dentro dos próprios dogmas judaico-cristãos. Ou seja, o satanismo laveyano tem como referencial os próprios dogmas que busca inverter, o que acho descenessário quando já não se vive sob o látego desses dogmas religiosos; não há o que renunciar quando não se acredita nos dogmas vigentes, quando não se vive sob eles. Uma renúncia implica em abandonar algo com certo sacrifício, sendo assim não há o que abandonar quando alguém já não segue os dogmas, não há grilhões para se desfazer se a pessoa já é livre disso. Portanto, o referencial dogmático judaico-cristão como objeto de blasfêmia sistematizada é desnecessário e sem sentido para qualquer indivíduo livre, pois um blasfemo só pode ser alguém que vive dentro desse dogma e que já tenha acreditado nele, e que num determinado momento se volta contra ele. A inversão do dogma religiosos demonstra uma certa crença nesse dogma e uma necessidade de libertação (pois ainda não se é livre) pelas mais variadas razões. O ideal é ignorar o dogma, monstrando que ele não tem qualquer importância (e se defendendo de ataques, quando necessário, logicamente). Os dogmas religiosos não têm qualquer importância na intimidade daquele é livre e segue apenas sua Vontade.

Há também os adolescentes satanistas “de farmácia” imaturos que não sabem nada sobre o assunto nem sobre o que querem atacar ou se revoltar. Preferem “brincar” de fazer terror sem qualquer embasamento ou discernimento, mas da Magia e do Ocultismo de verdade, e com responsabilidade, eles nem chegam perto.

Quero ressaltar também que o LHP (o Caminho da Mão Esquerda) não é satanismo, como muitos pensam, mas sim uma Via que valoriza sobretudo a mulher, o sexo (a magia sexual em contexto ritualístico) e as sombras (forças do subconsciente) como repositório de conhecimento oculto e expriência que dever ser buscado, empreedendo a prática da filosofia oculta, invocações, evocações, etc.

Muito da cultura luciferiana no Brasil ainda está presa à cultura afro. Livros como o de São Cipriano são muito populares em terreiros, inclusive pela temática folclórica. Como você enxerga estas relações?

O luciferianismo (ou draconismo) é bastante abrangente exatamente porque busca o conhecimento em todas as suas formas e graus, na medida em que isso seja possível. Porém, há necessidade de discernimento quando se está iniciando nessa Via. E arquétipos ou manifestações luciferianas sempre existiram em todos os povos, em todas as culturas e mitologias do mundo, desde a Antiguidade. Mas não considero que os livros mencionados, ou outros de orientação semelhante, sejam pura e autenticamente luciferianos, apesar de serem úteis como bagagem de conhecimento de todo estudioso.

Tente encaixar as suas crenças na moral social vigente. Você usa termos negativos e positivos, "bem" e "mal" em sua crença?


Depende do ponto de vista, do conhecimento individual e da experiência. Por exemplo, o Deus que muitos consideram bom, outros consideram a verdadeira malignidade, e assim por diante. É claro que há muitos equívocos coletivos sobre isso e muitas inversões de valores. Mas eu uso esses termos, sem qualquer dogmatismo, para indicar aquilo que me prejudica (mal) ou prejudica outros gratuitamente de algma maneira, ou para indicar aquilo que me traz prazer, saúde, alegria, conhecimento, etc. (bem). Porém, a questão do mal é muito complexa e vai além do mal ordinário, corriqueiro e comum perpetrado por pessoas desprezíveis, cruéis e atrasadas no mundo e que abunda nas lamentáveis notícias. Essa questão está além dos clichês e dos dogmas, está mesmo em “regiões” do conhecimento ininteligíveis para as grandes massas, em “regiões” em que o mal é entendido de outra maneira, numa dimensão ancestral, cósmica e primeva, sem qualquer ligação com as ideias equivocadas sobre diabo e inferno.

Quais seus planos para o futuro? Algum livro novo em vista?

Mais dois livros para serem lançados pela Madras Editora, possivelmente em 2010. Um é sobre ritualística e o outro é de orientação mais filosófica.

Uma palavra final para quem está começando agora?

Busque o conhecimento, estude bastante, leia obras sérias e diversificadas, compare os autores, pratique e vivencie a teoria por meio da experiência individual. Enfim, liberte sua mente, revolucione sua consciência!


Magia Sexual. As Demônias da Qabalah

As Demônias da Qabalah


Este é um artigo sobre As Demônias da Qabalah, após sua leitura conheça alguns produtos relacionados.

4rainhas.jpgEste texto não tem como propósito falar sobre as lendas, nem buscar os aspectos históricos das demônias. Ele é um resumo, um pouco da minha experiência pessoal, entre evocações/invocações, incubações e vivências com todas as demônias cabalísticas. Por motivos pessoais não irei expor todas as Demônias, mas deixo aqui um bom material, produto de experiência direta, com as Senhoras, as Rainhas do Prazer, que me proporcionaram experiências incríveis neste ano.

Os rabinos associam a Sammael quatro esposas. Quatro prostitutas, rainhas dos Succubi e Incubbi.

Lilith, Nahemah, Aggarath e Mochlath; Laylah, Naamah, Agrat e Eishet Zeninum. São as quatro esposas de Sammael, as Mães, da sedução, dos abortos, da Liberdade e da prostituição. Apesar de dizerem que Lilith é o símbolo de tudo isso em um Arquétipo/Força/Entidade, só quando se entra em contato com a mesma ela mostra claramente o que ela faz.

Ela Seduz. Ela é a Mãe da Sedução, da paixão, do amor em sua forma mais viceral. Lilith, é a Lua Nova, apesar de muita gente associa-la á Lua Negra, período que ocorre três dias antes da Lua Nova. Aquele Chifre fino ao entardecer anuncia o Reinado daquela que seduz todos que deseja. Invoca-se ela com uma vela vermelha, acesa, dedicada a ela, e Laylah, ou Lilith, como é mais conhecida, sempre atende.

Ela traz o objeto de desejo. Ela o enche de luxuria e de paixão por ti. Lilith é a preferida, segundo as lendas, de Sammael, e através dela uma geração de Demônios nasceram. As descrições do Zohar e da Cabalah tradicional a descrevem como uma mulher que aos poucos está apodrecendo ou uma criatura meio mulher meio animal, ou até mesmo meio mulher e meio homem.

Ela é morena, tem longos cabelos negros como seus olhos que trazem um detalhe diferencial: sua pupila é vermelha; veste um vestido preto, semi-transparente. Sua voz é doce, ela vem em sonhos de uma maneira muito diferente do que muitos relatam. Sem fornicação, sem violência. Muito pelo contrário do que se diz os demônios são cavalheiros e damas exemplares. LYLYTh, ou LYL, vem com sonhos sensuais, brincadeiras de sedução e nunca se deixa levar pelas crendices babacas de vulgaridade e afins. Ela é Uma Dama, uma Rainha. E gosta de ser tratada assim. O Zohar e as Tradições Cabalistas sempre falam bizarrices sobre os Demônios, suas descrições são as mais horrendas que a mente rabina pode conceber a algum ser - são escravos de alucinações ortodoxas. E os Satanistas deverão ser Adeptos da Experiência pessoal.

Em minha experiência com a Lilith, pude presenciar seu poder de forma extremamente interessante. Cabe a cada Um Invoca-la e presenciar o poder dela, causando no objeto de seu desejo uma paixão incontrolável pelo Invocador, levando aos poucos a se entregar completamente aquilo que foi solicitado a Ela.

Enquanto uma é Morena, a segunda é Loira. Veste um vestido Verde-claro e tem olhos da mesma cor. Ela vem com um cheiro de absinto, de desejo, de sedução. Muitos dizem que Nahemah é mãe do adultério, mas não: ela é a verdadeira Mãe dos Abortos. As tradições cabalísticas também a descrevem horrendamente - como uma mulher meio animal, careca, que vaga pelo Gehenna comendo areia. Estão completamente equivocados e Ela mostra isso claramente, seu tom sarcástico de voz nos deixa cientes disto.

Ela é a "charmosa" como a tradução de seu nome, NHMH, ou Naamah, nos mostra. Por razões pessoais não falo muito de Naamah. Mas digo que a expêriencia, a invocação da mesma, nos mostra o poder absurdo que Ela possui. Sua Lua é a Minguante e, apesar de seu sarcasmo, ela é uma demônia muito fácil de se obter contato. O Maior problema está em retirar dela as informações sobre o que ela pode fazer, já que a palavra "abortos" vai muito além para a compreensão da Loira. Como qualquer experiência com ela mostrará.

Ela é tanto mulher de Sammael quanto de Asmoday, ela é a pequena Lilith, a jovem Lilith, descrita em alguns textos rabinos.

Encerrando o assunto Naamah solicito a quem desejar chamá-la que se mostre extremamente educado e cortês. Ela admira muito isso.

A terceira mulher, que a Qabalah tradicional descreve como uma mulher em uma carruagem sendo puxada por um boi e um asno e que possui cabelos feitos de serpentes, como a Medusa, tem o nome de Aggarath, ou Agrat. AGGRTh é a demônia da Liberdade mas seu nome também nos remete a algo interessante: Agrat Bat Mahalat, ou Agrat filha de Mahalath (Mochlath), aquela que traz Ilusão. Uma das demônias mais perigosas porém mais interessantes. Ela ensina feitiçaria para as bruxas, dá receitas de feitiços, encantos e afins. Mas também nos traz tristeza e arrependimento quando invocada para tal propósito. Ela vem como uma mulher com um vestido amaranto, um amarelo fosco.Tem cabelos castanhos claros e fala com a arrogância de uma Soberana.

Ruiva com olhos claríssimos, que vão do tom do céu ao tom do mar em segundos, vem a última esposa, seu nome é Mochlath. Ela se apresenta como a Mãe da Prostituição, a Senhora da Dor e do Prazer, veste um vestido azul-esverdeado e é coberta de jóias. Ela ama isso. Ela é isso. Ela intensifica o tesão, o prazer sexual, o desejo que alguém possa ter por você e leva-o até o descontrole. Muito parecida com a Deusa Macha Celta, Mochlath, Mahalath, Machaloth, Eishet Zeninum, é uma deusa extremamente calma e pode te falar dos piores flagelos com uma doçura peculiar a ela. A Ela também cabe ensinar a Feitiçaria,
trabalhos com a vaidade e com a fraqueza pessoal de cada um. O trabalho, a experiência pessoal com cada demônia, vai lhe mostrar muito do que Elas realmente são capazes, assim como seus gostos; algumas irão te pedir incensos, frutas, velas ... são agrados, mimos, que se dão á rainhas, ás deusas do Inferno.

Por início basta acender uma vela vermelha e solicitar a comunicação em sonhos e no decorrer, ir perguntando o que deseja, ou solicitando algo desejado. Seja claro quando ao pedido - seja especifico. São rainhas e para elas pouco trabalho é ensinar ou tornar um humano louco de paixão.

Seu trabalho vai muito além do amor e feitiçaria. O que expus aqui é um pouco do que Elas podem fazer. Em sonhos elas podem te mostrar e mais para frente em visões ou até materializações. Com respeito qualquer coisa pode ser obtida com as Rainhas. Encare-as como Damas e trate-as como tal. Dar-se para Receber.

Fica aqui um trabalho feito em honra á Elas e um bom material para quem deseja trabalhar com as Esposas. Um material baseado em experiências pessoais, em vontade e amor pela magick.


sábado, 2 de janeiro de 2010

Incas

incagod.gifApesar de sua prática ter desaparecido da terra a alguns séculos, o culto aos deuses incas ainda causa um grande fascínio. O esforço cristão para apagar as narrativas mitológicas da mente coletiva não foi pequeno como o exemplo de Francisco Pizarro, responsável pela grande queima das bibliotecas incas, e perpetrador de um dos maiores crimes culturais que a história tem notícia. Sem acesso a muitas fontes originais, tudo o que sabemos hoje sobre os deuses incas veio ou pena de algum padre espanhol ou da tradição oral sobrevivente entre os povos nativos.

Os deuses incas eram o centro da cultura entre seu povo. Mesmo sendo politeístas o sol era o aspecto mais importante da vida e havia uma quase exclusividade na adoração do estado para com ele. No campo particular se repetia esta tendência clara pela adoração dos astros e da lua. Todos os povos possuem mitos religiosos, mas os mitos da religião inca são particularmente repletos com a assimilação de diferentes deuses. Isso aconteceu porque Império Inca, assim como o Império Romano, permitia que as culturas e povos conquistados mantivessem suas próprias crenças e rituais.

O mais importante culto inca era o do deus sol, Inti e seu culto era organizado por sacerdotes chamados Huillca-Humu. Eles eram responsáveis por apaziguar a ira dos deuses com sacrifícios e realizavam adivinhações. Eram tidos como possuidores de poderes sobrenaturais. Viviam uma vida isolada do restante da população e por meio de uma planta sagrada chamada Huilca, diziam ter a capacidade de se comunicar com os deuses e espíritos guia. Sacsahuaman,localizado em Cusco era o centro da vida religiosa inca. Inti Raymi, a festa do Sol, era a maior celebração do ano.

O mito da criação inca


Segundo a narrativa da criação Inca, no início dos tempos tudo era escuridão, então o deus Con Tiqui Viracocha emergiu do lago Titicaca, trazendo eu suas mão a luz. Com a luz ele criou o deus Sol, a lua, as estrelas e iluminou o mundo. Então ele criou as montanhas, e das montanhas forjou homens e mulheres grávidas, não como os homens de hoje, mas seres desprovidos de ossos no corpo. Então ele enviou as pessoas para todos os cantos do mundo, mas manteve um macho e uma fêmea com ele em Cuzco, o "ventre do mundo".

Então Viracocha povou o mundo de coisas boas para os seres humanos. As pessoas no entanto se esqueceram da bondade do deus criador e se rebelaram não prestando mais as devidas honras, mentindo, roubando e dormindo o dia inteiro. Eles foram então punidos pelos deuses e a chuva parou de cair sobre a terra. As pessoas forma obrigadas a trabalhar duro para encontrar a pouca água que restava até que o deus Pachamac, filho do Sol (Inti), tomou o poder de Viracocha, transformou seus humanos protegidos em macacos e criou os ancestrais dos seres humanos. O irmão de Pachamac, Manco Capac foi colocado como senhor deste mundo para vigiar a terra, organizar a civilização e garantir que os seres humanos não cometessem o erro de seus predecessores.

Os três mundos da realidade Inca


Os incas viam o mundo como compostos de três níveis. A palavra inca para mundo é "Pacha" que pode ser melhor traduzida como "Realidade" do que como "terra"

Uku Pacha, o mundo passado e inferior. Todos os seres vivos vinham deste lugar antes de ter o direito de nascer na terra. Também é o destino dos seres humanos que morrem em erro ou desgraça. A regra para não retornar a Uku Pacha era bem simples, sintetizada na máxima: "ama sua, ama llulla, ama chella" (Não roube, não minta, não seja preguiçoso).

Kay Pacha, o mundo atual, intermediário, onde vivem os seres humanos, os espíritos e os animais. Era considerada uma grande honra nascer em Kay Pacha, pois isso só era permitido com a benção dos deuses. Para cada alma viva em Kay Pacha, muitas centenas de almas em espera havia em Uku pacha. Esta vivo portanto era considerada uma oportunidade única, e irritar os deuses uma atitude extremamente incensata.

Por fim, Hanan Pacha, o mundo futuro era o mundo superior, morada dos deuses e de espíritos superiores. Não se trata do destino natural do ser humano, que já devia se considerar muito feliz de nascer em Kay Pacha e não em Uku Pacha. Par ter-se a glória de nascer em Hanan Pacha, era preciso ter uma morte gloriosa, seja em combate a serviço do Império ou como em um sacrifício ritual aos deuses.

Huacas: Deuses de pedra


Um costume muito comum entre os incas era o de culto a lugares sagrados. Ao contrário de outras tradições religiosas ao redor do mundos, alguns lugares eram sagrados para os Incas, não porque algo de especial aconteceu em seu solo, mas porque o próprio lugar era uma espécie de deus. Estes lugares eram conhecidos como huacas, e em geral eram cavernas ou montanhas, mas em alguns casos poderiam ser até mesmo lagos ou árvores. Não era incomum que os sacerdotes de uma comunidade realizassem oferendas ou tentassem comunicação com um huaca local em busca de proteção ou conselhos.

Os Deuses Incas


Segue uma pequena lista dos deuses que o Império inca permitiu integrar sua cultura. Devido ao imenso número, muitos deles dividem seus domínios e confundem-se em suas origens.

Apo, espírito guardião das montanhas. Todas as montanhas importantes do Império tinham seu próprio Apu, e alguns deles recebiam sacrifícios regulares para revelar certos aspectos de sua divindade. Algumas pedras e cavernas também possuíam seus apus.

Apocatequil, deus dos relâmpagos

Ataguchu, deus que serviu Viracocha no mito da criação.

Catequil, deus dos trovões e dos relâmpagos

Cavillace, a deusa virgem que comeu uma fruta que continha o esperma de Coniraya, o deus da lua. Quando seu filho nasceu, ela exigiu saber quem era seu pai. Nenhum deus se manifestou, então ela colocou seu bebe no chão e ele engatinhou até Coniraya. Ela ficou envergonhada devido a baixa estatura de Coniraya entre os deuses, e fugiu para a costa do continente onde transformou a si e a seu filho em pedras.

Chasca, deusa da manhã, do crepúsculo e de Venus. Protetora das garotas virgens.

Chasca Coyllus, deus das flores e das meninas.

Chiqui Illapa- O Deus trovão, das tempestades, que norteia a cadência das secas e das chuvas.

Kuka mama ou Mama Kuka. Deusa da saúde e da alegria. Originalmente uma mulher promiscua que foi assassinada por seus vários amantes. De seu corpo nasceram as primeiras folhas de coca. Seus adoradores mascavam folhas de coca sempre que levavam uma mulher ao orgasmo.

Konira Viracocha, O deus trapaceiro. Na verdade uma das formas de Viracocha.Nesta forma o deus vaga pelo mundo vestido como um mendigo ou forasteiro para testar a gratidão dos seres humanos. Com uma simples palavra pode criar campos, ou arruinar colheitas.

Coniraia, deus da lua, que escondeu o esperma na fruta que Cavillaca comeu.

Copacati, uma deusa lago.

Ekkeko, deus do coração e da riqueza. Os sacerdotes deste deus criavam bonecos dele que continham versões em miniatura de seus desejos no forro buscando desta forma atrair seu poder e beneplácito.

Illapa, um extremamente popular deus do clima e do bom tempo. Seu feriado era celebrado todos os anos para que ele mantivesse o universo no lugar e trouxesse a chuva. Sua aparência era a de um homem usando roupas de luz, carregando uma vara e ele foi o principal deus do reino de Colla antes da província de Collasuyu fosse anexada ao Império inca.

Inti, deus sol, fonte da luz, do calor, da fartura e protetor das pessoas. Inti era de longe o deus mais importante do império. Seu nome quer dizer em quíchua, literalmente: Sol. Inti era visto pelos incas como seu o progenitor de todos os seus imperadores. A própria representação da cultura inca é o disco de inti, um disco de ouro com o rosto humano.

Kon, deus da chuva e do vento que sopra do sul. Filho de Inti com Mama Quilla

Mama Allpa, deus da fertilidade retratada como tento muitos e muitos seios.

Mama Cocha, mãe do mar, deusa dos oceanos e dos peixes, protetora dos navegantes e dos pescadores. Em algumas lendas é mãe de Inti e Mama Quilla com Viracocha.

Mama Pacha, esposa de Pachamac, uma dragoa com poder sobre o plantio e a colheita. Causadora dos terremotos.

Mama Quilla, mãe lua, ou mãe dourada, deusa da noite, dos casamentos e protetora das mulheres. Filha de Viracocha com Mama Cocha e esposa de Inti. Mãe de Manco Capac , Pachamac, Kon, e Mama Ocllo.

Mama Zara, mãe dos grãos, deusa das colheitas do milho. Ela era associada com os pés de milho que cresciam de maneira estranha e fora do normal. Estas plantas eram vestidas como bonecas de Mama Zara e não eram colhidas.

Manco Capac - Manco Capac foi o legendário fundador da dinastia Inca, no Peru e da dinastia Cuzco em Cuzco. As lendas e histórias ao redor desta figura são numerosas, e muitas vezes contraditórias. Algumas por exemplo atestam que ele é filho de Tici Viracocha, o deus criador, outras contam que ele foi trazido das profundezas do lago Titicaca pelo deus sol Inti. De qualquer forma, todas as versões concordam com a origem divina deste fundador. Em diversos relatos Manco Capac é ele mesmo igualado ao deus sol ou cultuado como o deus do fogo.

Pacha Camac, um deus criador, adorado pelo povo de Ichma, mas posteriormente assimilado na narrativa da criação Inca.

Pariacaca, deus da áhua na mitologia pré-inca. Também deus das tempestades. Nasceu como falcão mas depois tomou a forma humana.

Paricia, deus das inundações que envia as enchentes para aqueles que não lhe demonstram o respeito devido. Possivelmente outro nome para Pachacamac.

Supai, deus da morte e governante de Uca Pacha. Muito temido pelos Incas, visto que exigia crianças em sacrifício para apaziguar sua ira. Em algumas narrativas este nome é usado para se referir a todos os espíritos residentes de Uca Pacha.

Urcaguari, deus dos metais, das jóias e dos tesouros que existem abaixo da terra.

Uruchillai, deus protetor dos animais

Viracocha, deus primordial e senhor da criação de onde veio toda a vida e todos os outros deuses. Ligado tradicionalmente à cidade de Tihuanaco, cuja importância centro religioso remonta a era pré-inca. Segundo a narrativa original Viracocha nasceu de uma virgem e apresenta com freqüência características solares. Seu título "Pachamac" designa-o como "criador do mundo". Os que não lhe prestam homenagem devida são destruídos pela água ou pelo fogo.


Lúcifer

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luciferdraco.jpgNa busca pelo autoaperfeiçoamento, pelo autoconhecimento e pela liberdade psicomental, o iniciado em si mesmo educa sua vontade, exercita o livre-pensar, a psiconáutica e desenvolve a criação visionária. Dentro do contexto filosófico oculto, do gnosticismo ofita esquerdo e do draconismo, o indivíduo procura englobar em sua bagagem cultural as ciências arcanas e “malditas” e os quatro grandes pilares do conhecimento humano, a saber: ciência, religião, filosofia e arte em seus aspectos mais ocultos, criativos e práticos para a experiência da consciência individual.

Mas todo esse conhecimento adquirido deve ser profundamente compreendido e internalizado para que se torne sabedoria. É importante "filtrar" com discernimento a cultura, o conhecimento, as informações que se adquire, pois todo e qualquer conhecimento internalizado pode se converter em néctar ou veneno. O néctar proporciona clareza de pensamento, organização intelectual e consciência iluminada (ou luciférica); o veneno se espalha na constituição humana, dispersando e confundindo todo o conhecimento não compreendido e não assimilado, distorcendo a realidade, distorcendo o entendimento e podendo causar algum nível de distúrbio psicomental.

Assim, a cultura pessoal de cada indivíduo autoconsciente, de cada filósofo livre, de cada luciferiano e de cada draconiano, deveria ser relativamente ampla e abrangente, dentro do possível. Porém, não é o que ocorre com relação à grande maioria das pessoas, geralmente (muito) comuns e correntes. Há pessoas, ou grupos, com matéria mental ainda muito crua e rudimentar, mesmo na atualidade com tantas tecnologias e informações acessíveis a muitos. Por outro lado, há também aqueles de inteligência mediana muito específica, condicionada, um tipo bastante comum de "inteligência de ofício", útil somente para a atividade profissional estritamente mundana e corriqueira, o que é diferente da inteligência (de “ofídio”) mais expandida daqueles que se interessam por conhecimentos além do comum e corrente, além da prosaica vida mundana cotidiana, limitada, insossa e sem maiores expansões psicomentais.

A inteligência expandida encontra o meio de se manifestar somente no influxo psicomental de indivíduos abertos, receptivos, conectados aos planos “invisíveis” (pode-se ver a mente?) de luz e trevas (a essência de toda manifestação), demonstrando uma avançada compreensão interior devido ao seu próprio grau evolutivo individual. Pessoas tais possuem inquietudes e vontade pelo saber, capacidade de descobrir as coisas por si mesmas e sede de conhecimentos. Essa arte de descobrir, de adquirir conhecimento e experiência, de solucionar problemas por meio da inteligência, etc., é o que se chama de heurística, seja na ciência, na religião, na filosofia ou na arte, os quatro grandes pilares do conhecimento que devem formar um todo na mente e na vida do indivíduo consciente, do gnóstico ofita (ou draco-luciferiano).

Heuristicamente, o pilar da ciência, ou gnosis (conhecimento), representa o fundamento intelectual com a experiência direta das causas e efeitos das coisas, vivenciando as próprias verdades. O método científico é aplicado pelo inciado draconiano em suas próprias experiências, observando, analisando, experimentando e comprovando suas próprias teorias e hipóteses sobre questões ocultistas, expansão da mente, psiconáutica, etc. Isso o leva ao autoconhecimento, à verdadeira gnose pessoal, para além do mero cientificismo "desumano", mecanoide e meramente materialista. A ciência é a mente elevada autoconsciente (a “com-ciência”), o pensamento livre e esclarecido e o discernimento racional para a aquisição experiência gratificante da mente, das emoções e do corpo, para aquisição de cultura superior e de conhecimento científico útil e prático para o próprio desenvolvimento do indivíduo.

O pilar da religião, ou melhor da autodeificação, representa a experiência direta da emoção superior consciente, algo apenas vivenciado no interior de cada um. É a união da Individualidade (Lúcifer, Logos Luciférico, Daimon) com as forças da natureza e do universo. A religião do verdadeiro agape é o verdadeiro amor devocional por si mesmo enquanto entidade evolutiva autoconsciente, e não tem nada a ver com as inúmeras religiões venenosas, dogmáticas e coercivas instituídas pelo mundo afora. Trata-se de uma experiência supranormal e extremamente marcante vivida e provada para si próprio e para mais ninguém. A religião do verdadeiro agape certamente não é a religião do fanatismo das massas; não é a religião fundamentalista que cultua as guerras, a dor, o sofrimento, a tristeza e dissemina a confusão mental; não é a religião da enfermidade psicomental, da estagnação e da acídia, ou seja, da preguiça e desolação do espírito (supra) humano e da inteligência. A religião do agape é a viagem do indivíduo em seu próprio interior, um mergulho em suas próprias emoções primitivas (e psicomentais) que jazem no próprio abismo (Daath, “Conhecimento”) microcósmico, seja por meio da ritualística ou por meio da psiconáutica neuroquímica controlada, ou seja lá o que for.

O pilar da filosofia, ou sophia (sabedoria), é a busca da verdade individual que só tem fundamento e valor para o próprio buscador; é a busca pela realização do ideal fundamental latente no indivíduo. Ao contrário de muitos filósofos que parecem estéreis, aprisionados em seus labirintos intelectuais, o filósofo oculto pragmático emprega meios tais como sistemas metafísicos, ritualística, meditação, projeção da consciência, psiconáutica, entre outros, para a experiência da Individualidade, para a aquisição de sabedoria acerca de si e do universo, na medida em que isso seja possível. Teoricamente, a filosofia é o sistema que estuda a natureza de todas as coisas e suas relações. Na filosofia oculta e no gnosticismo ofita, sophia conduz à paz ataráxica, impertubável, do espírito, ao bem-estar, à alegria, à satisfação e ao prazer.

O pilar da arte, ou thelema (vontade) é o fundamento das ideias intuitivas, da vontade criadora e realizadora. A arte só pode expressar a criatividade se houver verdadeira vontade, impulso e ousadia, livre de limitações impostas e oriundas das repressões sociorreligiosas. Arte é a capacidade de realizar a obra sobre si mesmo, de aperfeiçoá-la com vontade forte. Na filosofia oculta e no draconismo, arte é o conjunto de conhecimentos, capacidades e talento para concretizar ideias, sentimentos e visões de maneira estética e "viva" por meio de imagens (pintura, escultura), sons (música) e palavras (literatura). A verdadeira arte realizada através de thelema (vontade) está muito longe da pseudoarte grosseira, antiestética, de mau gosto e desonesta que "artistas" estereotipados e pedantes produzem sem nenhuma inspiração autêntica. A verdadeira arte se realiza sob vontade para manifestar porções do próprio Ser (a Individualidade luciférica).

Assim, no draconismo (ou gnosticismo ofita, ou luciferianismo, como se queira definir) os quatro pilares do conhecimento, como demonstrados aqui, sustentam o indivíduo e o conduzem ao autoaprimoramento, ao autoconhecimento e à evolução contínua...


Adriano Camargo Monteiro é escritor de Filosofia Oculta, Draconismo, Mão Esquerda e é estudioso de simbologia e mitologia comparadas. Possui diversos livros publicados e escreve também para a Revista Universo Maçônico, para o Jornal Madras, para o site Morte Súbita, para o Zine Lucifer Luciferax e para blogs pertinentes. Contatos com autor pelo site: http://adrianocamargomonteiro.blogspot.com

* Alimente sua alma com mais A cultura Draco-Luciferiana

O Diabo é o pai do rock!!!!

Símbolo do RockEm 1976, na revista americana Rolling Stone, David Bowie chocou alguns liberais rockeiros ao afirmar: "O Rock sempre foi a música do Diabo... Acredito que o Rock seja algo muito perigoso... Acho que nós artistas e grupos de rock somos apenas o meio de uma mensagem: algo muito mais obscuro do que nós mesmos." Bem, se camaleão do rock com toda militância de décadas na estrada do show business, tão obcecado por Aleister Crowley e pela Sociedade Thule que se mudou-se para Berlim para sentir na pele o legado esotérico da cidade, quem somos nós para duvidar?
Símbolo do Rock
Talvez o rock seja um dos pilares que consigam unir todos os adeptos do satanismo e fazer um satanista nazi-gótico cumprimentar o mais céticos dos satanistas filosóficos com o sinal da mão chifrada. Seja você um ateu ou um místico quando ouve o som da guitarra rasgando toda a argumentação dá lugar a simples postura, que afinal é a essência deste estilo de vida.

A música é tão poderosa como afirmação satânica que mesmo quem nunca leu nada a respeito é influenciado por ela. Anton LaVey levanta essa consideração na Bíblia Satânica ao lembrar que muitas igrejas hoje aderiram a trilha sonora do diabo e tem cultos baseados na expressão de emoções humanas e na gratificação pessoal, com grandes aplausos e musica sensual.

No Manual do Satanista, a relação entre o satanismo e o rock'n'roll não poderia estar mais clara: O rock é de fato um dos mais típicos frutos de nossa Era Satânica. Não é a toa que ele explodiu justamente na mesma década em que LaVey preparava as bases nas quais fundaria a Igreja de Satã. Tanto os livros de Crowley quanto as músicas de Little Richard e Rolling Stones são conseqüências de um mesmo momento histórico que exigia a morte de antigos valores e a manifestação de uma nova forma de se ver o mundo.

E para te ajudar a montar sua própria disco/cd/mp3teca satânica, Morte Súbita Inc. fornece o Top 100 discos mais satânicos de todos os tempos. Essa seleção foi escalada pelos sacerdotes do Templo de Satã, Rev. Morbitvs Vividvs, Rev. Obito e Rev. Legião como consultores principais e contou com o auxílio de diversos membros de outras organizações satânicas nacionais e da Church of Satan. Díficilmente agradará a todos os adeptos, mas agradar não é nossa intenção. Sigamos, portanto a listagem dos discos mais significativos do satanismo, com algumas letras e citações que comprovam a presença do espírito satânico na vida dos artistas e dos fãs destas respectivas bandas:

OBS: Nem todos os álbuns escolhidos são rock ou metal. As exceções serão discriminadas e jutificadas em cada resenha.

100 - Kill'em All, Metallica
99 - Myths of the Near Future, Klaxons
98 – Still, Joy Division
97 - New Jersey, Jon Bon Jovi
96 - Reign In Blood, Slayer
95 - The Rites of the Black Mass, Acheron
94 - Fly by Night, Rush
93 - Like a Virgin, Madonna
92 - Flashpoint, Rolling Stones
91 - Hotel California, The Eagles

90 - Highway to Hell, AC/DC
89 - To Mega Therion, Celtic Frost
88 - Sobrevivendo no Inferno, Racionais MC's
87 - Beneath The Remains, Sepultura
86 - Filosofem, Burzum
85 - October Rust, Type O' Negative
84 - Mutter, Rammstein
83 - Fuck Me Jesus, Marduk
82 - The Number of the Beast, Iron Maiden
81 - 2112, Rush

80 - Krig-ha, bandolo!, Raul Seixas
79 - Under the Sign of the Black Mark, Bathory
78 - Subliminal Verses, Slipknot
77 - Once Upon The Cross, Deicide
76 - Speak of the Devil, Ozzy Osbourne
75 - Heaven and Hell, Black Sabbath
74 - Damnation and a Day, Cradle of Filth ,
73 - The Doors, The Doors
72 - March of Die, Motorhead
71 - Eletric Ladyland, Jimi Hendrix


70 - Love Metal, H.I.M
69 - First and Last and Always, Sisters of Mercy
68 - Opiate, Tool
67 - Spiritual Black Dimensions, Dimmu Borgir
66 - Night Time, Killing Joke
65 - Into the Labyrinth, Dead Can Dance
64 - Appetite For Destruction, Guns N' Roses
63 - The Downward Spiral, Nine Inch Nails
62 - Now, Diabolical, Satyricon
61 - Draconian Times, Paradise Lost


60 - Revenge, Kiss
59 - Violator, Despeche Mode
58 - Mechanical Animals, Marilyn Manson
57 - Psalm 69, Ministry
56 - Blessed are the Sick, Morbid Angel
55 - Horses, Patti Smith
54 - Blizzard of Ozz, Ozzy Osbourne
53 - Sabbath Bloody Sabbath, Black Sabbath
52 - Long Live Rock n' Roll, Raindow
51 - Tommy, The Who

50 - Transformer, Lou Reed
49 - Aske, Burzum
48 - Dark Side Of The Moon, Pink Floyd
47 - Show No Mercy, Slayer
46 - Superstition, Siouxsie & the Banshees
45 - Powerslave - Iron Maiden
44 - Boys Don't Cry - The Cure
43 - The Fat Of The land, Prodigy
42 - Black Ice, AC/DC
41 – Murder Balads, Nick Cave & The Bad Seeds


40 - The Black Parade, My Chemical Romance
39 - 1979 – 1983 Volume 1, Bauhaus
38 - Shout At The Devil, Motley Crüe
36 - Painkiller, Judas Priest
37 - Back In Black - AC/DC
35 - In The Nightside Eclipse, Emperor
34 - Seven Churches, Possessed
33 - Dusk And Her Embrace, Cradle of Filth
32 - Fighting The World, Manowar
31 - Welcome to Hell, Venom


30 - Black Force Domain, Krisun
29 - Don't Break the Oath, Mercyful Fate
28 - Blaze in the Northern Sky, Darkthrone
27 - System of a Down, System of a Down
26 - 120 Days of Genitorture, Genitorturers
25 - Cowboys form Hell, Pantera
24 - Sanctus Diavolos, Rotting Christ
23 - The Razor´s Edge, AC/DC
22 - Satan takes a Holiday, Anton Szandor LaVey
21 - Witchcraft: Destroys Mind and Reaps Souls, Coven


20 - Hell Awaits, Slayer
19 - Dawn of the Black Hearts, Mayhem
18 - Rotting Christ, Sarcófago
17 - The Gallery, Dark Tranquillity
16 - God Hates Us All, Slayer
15 - Led Zeppelin I, Led Zeppelin
14 - Death Cult Armageddon, Dimmu Borgir
13 - At War With Satan, Venom
12 - NOAN, Rex Infernus
11 - The Satanic Mass, Anton Szandor LaVey


10 - De Mysteriis Dom Sathanas, Mayhem
9 - Melissa, Mercyfull Fate
8 - Robert Johnson, Robert Johnson
7 - Burn, Baby, Burn!, The Electric Hellfire Club
6 - Black Aria, Danzig
5 - Led Zeppelin IV, Led Zeppelin
4 - Black Sabbath, Black Sabbath
3 - Antichrist Superstar, Marilyn Manson
2 - The Principle of Evil Made Flesh, Cradle of Filth
1 - Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, Beatles



Nosso objetivo e tornar esta uma lista definitiva, permanente e atualizada. Caso você seja um satanista e acredite que alguma banda está sobrando ou faltando entre em contato via atendimento@mortesubita.org e mande sua justificativa. Sua proposta será avaliada e se fizer sentido será assimilada a nossa listagem.

Hail Satan!

* Alimente sua alma com mais Os 100 álbuns satânicos mais importantes da história