
Uma expedição de quatro semanas pelo cerrado brasileiro, uma região ameaçada devido à expansão das áreas de cultivo agrícola, encontrou oito peixes, três répteis, um anfíbio, um mamífero e uma ave aparentemente novos para a ciência, disse o grupo Conservação Internacional.

Susan Bruce, porta-voz do Conservação Internacional, disse que o lagarto tinha entre 15 e 20 centímetros de comprimento. Entre os outros lagartos sem patas de várias partes do mundo incluem-se alguns parentes de lagartixas da Austrália e as cobras-de-vidro da Europa.
O lagarto brasileiro foi achado durante a expedição pela Estação Ecológica da Serra Geral do Tocantis, uma área de cerrado protegida com 716 mil hectares de extensão.

"Áreas protegidas como a Estação Ecológica abrigam alguns dos últimos ecossistemas saudáveis de uma região cada vez mais ameaçada pelo crescimento urbano e pela agricultura mecanizada", disse o líder da expedição, Cristiano Nogueira.
A região do cerrado, parte dos altiplanos do centro do Brasil que antes cobria uma área do tamanho de metade da Europa, está cada vez mais tomada pela produção agrícola e pela criação de gado. A velocidade de expansão dessas áreas é duas vezes maior do que a verificada na Amazônia, afirmou o Conservação Internacional.
A expedição também registrou a imagem de espécies ameaçadas como o tatu-bola, o cervo-do-pantanal e a arara-azul-grande em meio a mais de 440 espécies de animais documentadas durante a empreitada, da qual participaram 26 pesquisadores.
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